A Polícia Civil de São Paulo lançou na manhã desta quinta-feira (15/08) a Operação Efeito Colateral, com o objetivo de desmantelar um esquema de fraudes milionárias envolvendo planos de saúde. A ação resultou no cumprimento de 49 mandados de busca e apreensão nas zonas leste, norte e sul da capital paulista.
Segundo as investigações preliminares, os suspeitos criaram “clínicas fantasma” para realizar contratos fraudulentos com operadoras de planos de saúde. Os sócios dessas empresas fictícias eram, simultaneamente, os beneficiários dos serviços contratados. Com essa estratégia, eles forjavam pedidos médicos e exames laboratoriais, visando obter reembolsos por procedimentos que nunca foram realizados.
Até o momento, a operação resultou na apreensão de documentos, celulares, computadores e simulacros de armas de fogo. No entanto, ainda não houve solicitações de prisão.
Em comunicado oficial, a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) destacou que as fraudes contra os planos de saúde representam um ataque direto aos beneficiários do sistema privado de saúde. A entidade ressaltou que este é apenas um dos diversos tipos de crimes que afetam o setor.
“As fraudes custaram R$ 10 bilhões às operadoras somente em 2023. No total, todas as fraudes drenaram R$ 34 bilhões dos recursos do sistema no ano passado, conforme estimativas do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Combater esses atos criminosos é fundamental para proteger a sociedade e as milhões de famílias que dependem da saúde suplementar”, afirmou a Abramge.
Atualmente, aproximadamente 51 milhões de brasileiros são beneficiários de planos de saúde, representando 24% da população total. Mais de 670 operadoras de planos de saúde atuam em todo o país.
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